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Dia Internacional da Alfabetização

08-09-2021 16:21

Mais informações: https://en.unesco.org/commemorations/literacyday

 

Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO,

por ocasião do

Dia Internacional da Alfabetização

8 de setembro de 2021

 

"Assim que aprenderes a ler, serás livre para sempre", disse o escritor e abolicionista

americano Frederick Douglass.

Neste Dia Internacional, celebramos o poder da alfabetização e da educação, e o enorme

progresso feito em apenas algumas décadas. De acordo com os nossos últimos dados, em 2019

mais de 86% da população mundial sabia ler e escrever, em comparação com 68% registados

em 1979.

Contudo, atualmente, este direito fundamental de aprender a ler e a escrever está a ser posto

em causa.

Acima de tudo está sob ameaça no Afeganistão, um país que tem registado progressos

significativos ao longo dos últimos 20 anos. Em Cabul e nas províncias afegãs, a UNESCO levou

a cabo, desde 2006, a maior campanha de alfabetização da sua história, beneficiando mais de

1,2 milhões de afegãos, incluindo 800.000 mulheres afegãs.

A educação dos afegãos e afegãs deve continuar. O futuro do país depende disso, pois a

educação constitui não só um direito fundamental como também a melhor ferramenta para

impulsionar o desenvolvimento.

Ao mesmo tempo, em todo o mundo, o progresso da alfabetização continua a ser dificultado

pela pandemia da COVID-19.

Assim, verificamos que a desigualdade digital agravou as disparidades educativas. De acordo

com os nossos dados, o ensino à distância deixou de fora mais de 500 milhões de estudantes,

impedidos de continuar a ler ou a escrever, ou mesmo até de iniciar a sua escolaridade.

A crise afetou também, desproporcionadamente, aqueles que já eram os mais marginalizados,

particularmente os 773 milhões de jovens e adultos, dois terços dos quais são mulheres, que

carecem de competências básicas de alfabetização e os 617 milhões de crianças e

adolescentes que não atingiram níveis mínimos de competência em leitura antes da crise. Este

vírus salientou, efetivamente, a importância fundamental da educação e a necessidade de

acelerar os nossos esforços.

Desde o início da pandemia, a UNESCO tem demonstrado o seu grande empenho neste

sentido, através do lançamento da Coligação Mundial para a Educação, uma iniciativa que

reúne mais de 180 parceiros, operando em 100 países.

Lançámos dezenas de iniciativas para assegurar a continuidade educativa e a reabertura das

escolas em segurança. Em particular, a Coligação Mundial para a Educação, em parceria com a

Aliança Mundial para a Alfabetização num quadro de aprendizagem ao longo da vida,

implementou um programa de larga escala, em mais de 10 países, para formar 100.000

educadores, com o objetivo de fazerem o melhor uso possível das competências digitais e,

assim, promoverem a alfabetização de todos.

Ao celebrarmos este Dia Internacional da Alfabetização, a UNESCO gostaria de convidar todos

os agentes do mundo da educação, e de outras áreas, a mobilizarem-se pela alfabetização de

jovens, adultos e mulheres. Para que também eles tenham o direito de ser livres e de sonhar.

Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO,
 
por ocasião do
 
Dia Internacional da Alfabetização
8 de setembro de 2021
 
"Assim que aprenderes a ler, serás livre para sempre", disse o escritor e abolicionista
americano Frederick Douglass.
Neste Dia Internacional, celebramos o poder da alfabetização e da educação, e o enorme
progresso feito em apenas algumas décadas. De acordo com os nossos últimos dados, em 2019
mais de 86% da população mundial sabia ler e escrever, em comparação com 68% registados
em 1979.
Contudo, atualmente, este direito fundamental de aprender a ler e a escrever está a ser posto
em causa.
Acima de tudo está sob ameaça no Afeganistão, um país que tem registado progressos
significativos ao longo dos últimos 20 anos. Em Cabul e nas províncias afegãs, a UNESCO levou
a cabo, desde 2006, a maior campanha de alfabetização da sua história, beneficiando mais de
1,2 milhões de afegãos, incluindo 800.000 mulheres afegãs.
A educação dos afegãos e afegãs deve continuar. O futuro do país depende disso, pois a
educação constitui não só um direito fundamental como também a melhor ferramenta para
impulsionar o desenvolvimento.
Ao mesmo tempo, em todo o mundo, o progresso da alfabetização continua a ser dificultado
pela pandemia da COVID-19.
Assim, verificamos que a desigualdade digital agravou as disparidades educativas. De acordo
com os nossos dados, o ensino à distância deixou de fora mais de 500 milhões de estudantes,
impedidos de continuar a ler ou a escrever, ou mesmo até de iniciar a sua escolaridade.
A crise afetou também, desproporcionadamente, aqueles que já eram os mais marginalizados,
particularmente os 773 milhões de jovens e adultos, dois terços dos quais são mulheres, que
carecem de competências básicas de alfabetização e os 617 milhões de crianças e
adolescentes que não atingiram níveis mínimos de competência em leitura antes da crise. Este
vírus salientou, efetivamente, a importância fundamental da educação e a necessidade de
acelerar os nossos esforços.
 
DG/ME/ID/2021/36 – Original francês
Desde o início da pandemia, a UNESCO tem demonstrado o seu grande empenho neste
sentido, através do lançamento da Coligação Mundial para a Educação, uma iniciativa que
reúne mais de 180 parceiros, operando em 100 países.
Lançámos dezenas de iniciativas para assegurar a continuidade educativa e a reabertura das
escolas em segurança. Em particular, a Coligação Mundial para a Educação, em parceria com a
Aliança Mundial para a Alfabetização num quadro de aprendizagem ao longo da vida,
implementou um programa de larga escala, em mais de 10 países, para formar 100.000
educadores, com o objetivo de fazerem o melhor uso possível das competências digitais e,
assim, promoverem a alfabetização de todos.
Ao celebrarmos este Dia Internacional da Alfabetização, a UNESCO gostaria de convidar todos
os agentes do mundo da educação, e de outras áreas, a mobilizarem-se pela alfabetização de
jovens, adultos e mulheres. Para que também eles tenham o direito de ser livres e de sonhar.