Mais informações em: https://en.unesco.org/
Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO
por ocasião do
Dia Internacional da Tolerância
16 de novembro
Na sua Carta Aberta à Juventude, Amadou Hampâté Bâ apelava a humanidade a trabalhar,
por todos os meios, em prol de uma compreensão mútua, para que “as nossas diferenças,
ao invés de nos separarem uns dos outros, se tornem fonte de complementaridade e
enriquecimento mútuo".
Ao longo dos últimos 75 anos, a nossa Organização tem levado a cabo esta ambição
mobilizando os bens comuns da humanidade que são a educação, a ciência, a cultura e a
informação, para forjar e consolidar a paz na mente dos homens e das mulheres.
Este Dia Internacional é uma oportunidade para recordar a atualidade do nosso
compromisso comum em defender e promover a tolerância e a compreensão mútua.
Quase dois anos após o início da pandemia de COVID-19, as fraturas que dividem e
desfiguram as nossas sociedades não deixaram de nos separar, nem de exacerbar as
desconfianças. Torna-se assim necessário reafirmar os valores fundadores da nossa
humanidade, que defendemos na teoria e na prática.
Este é, em particular, o sentido do trabalho que estamos a desenvolver para fazer da
educação o lugar onde os estudantes, cidadãos do mundo de amanhã, aprendam o respeito
pelo outro, o diálogo e a empatia, e lutem contra o ódio e a intolerância, tanto nos seus
fundamentos como nas suas manifestações.
Esta mobilização deve estender-se muito para além da sala de aula e envolver todas as
esferas das nossas sociedades. A nossa Organização trabalha diariamente para defender
e promover a diversidade cultural e linguística, a diversidade de conhecimentos, em
particular os conhecimentos indígenas, para que, através do diálogo e do intercâmbio, todas
estas perspetivas e visões do mundo possam abrir novos horizontes para a humanidade.
Como estipula a Declaração de Princípios sobre a Tolerância, assinada a 16 de novembro
de 1995 pelos Estados-Membros da UNESCO, "a tolerância é a harmonia na diferença".
Neste Dia Internacional, a UNESCO gostaria de apelar a todos e a cada um para que
celebrem a diversidade e o direito irredutível à diferença, que é o fundamento da riqueza
das nossas sociedades e a âncora da paz na mente dos homens e das mulheres.