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Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO,
por ocasião do
Dia Internacional para a Prevenção dos Desastres Naturais
13 de outubro de 2021
Todos os anos, fenómenos meteorológicos e geológicos extremos causam mortes, infligem
danos graves às infraestruturas e agravam as condições de vida dos mais vulneráveis, afetando
milhões de pessoas. Devido às alterações climáticas, a frequência e intensidade destes
fenómenos amplifica--se, provocando cada vez mais desastres. Os números são inequívocos:
entre 2000 e 2019, os fenómenos meteorológicos representaram mais de 90% das catástrofes
naturais que afetaram as populações.
A COVID-19 veio demonstrar que os riscos biológicos também perturbam vidas. Embora estes
riscos estivessem previstos no Quadro de Sendai para a Redução do Risco de Catástrofes (2015-
2030), o mundo não estava preparado para esta pandemia. Chegou assim o momento de
agirmos decisivamente perante os perigos biológicos, adotando uma abordagem
multidimensional da gestão dos riscos, à semelhança do que acontece com outros riscos
naturais.
Todos os anos, no Dia Internacional para a Prevenção dos Desastres Naturais, celebramos a
forma como indivíduos e comunidades reduzem a sua exposição e mitigam os riscos de
catástrofes. Este ano, o foco está no reforço da cooperação internacional com os países em
desenvolvimento, apoiando-os de uma forma adequada e sustentável.
A UNESCO, dotada de um mandato único nas áreas da educação, ciências naturais e sociais,
cultura e comunicação e informação, reúne as melhores condições para acompanhar os Estados
Membros, envolvendo as partes interessadas na luta contra um conjunto de perigos através de
um trabalho interdisciplinar. Ao apoiar a implementação do Quadro de Sendai para a Redução
do Risco de Catástrofes, a UNESCO defende uma abordagem que esteja em total consonância
com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris sobre Alterações
Climáticas.
Para o efeito, a UNESCO está a implementar uma série de ações e projetos - desde a organização
de vários diálogos com o intuito de promover o apoio aos Pequenos Estados Insulares em
Desenvolvimento (PEID), até ao reforço das capacidades técnicas dos mais vulneráveis para
combater as alterações climáticas. O Fundo de Adaptação para o Haiti, que mobilizou 9,9
milhões em assistência, é um bom exemplo, entre muitos outros, dos nossos sucessos neste
domínio.
Podemos e vamos fazer mais - devemo-lo a todos quanto foram afetados por catástrofes em
todo o mundo: as vítimas dos ciclones e inundações nas Fiji e Timor-Leste, o terramoto e a
tempestade tropical no Haiti, as erupções vulcânicas nas Ilhas Canárias e São Vicente e
Granadinas, e muitas outras.
Juntemo-nos hoje para apoiar a comunidade internacional na implementação de estratégias de
redução dos riscos de desastres.