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Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca

17-06-2019 22:23

en.unesco.org/commemorations/desertificationday

 

Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO,

por ocasião do

Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca

“Juntos, cultivemos o futuro”

 

A seca, as alterações climáticas, a erosão da biodiversidade, a degradação dos solos,

as práticas agrícolas intensivas e a má gestão da água, entre outros, afetaram

negativamente os nossos solos ao ponto de chegar à atual crise mundial de

desertificação, que afeta mais de 165 países em todo o mundo.

Esta crise acarreta consequências dramáticas para o nosso património ambiental

comum e representa uma ameaça significativa para a paz mundial e para o

desenvolvimento sustentável.

Segundo o Relatório Mundial da Plataforma Intergovernamental de Política Científica

sobre Biodiversidade e Ecossistemas (IPBES), apresentado na UNESCO a 6 de maio

de 2019, é urgente adotar medidas coletivas para preservar o tecido vivo do nosso

planeta. Assim, é preciso tomar medidas imediatas contra a desertificação e a seca,

pois é, , a nossa responsabilidade para com as gerações futuras.

A desertificação e a seca agravam a escassez de água num momento em que dois mil

milhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável, um número que poderá

atingir três mil milhões até 2050. As comunidades mais vulneráveis do mundo não

conseguem satisfazer as suas necessidades básicas, facto que as leva a migrar para

fora das suas terras que se tornaram secas e estéreis. Segundo a Convenção das

Nações Unidas de Combate à Desertificação, 135 milhões de pessoas no mundo inteiro

podem ver-se obrigadas a migrar até 2030, devido à degradação dos solos. Estas

migrações e privações são, por sua vez, fonte de conflito e instabilidade, demonstrando

que a desertificação é um desafio crucial para a paz.

Todos os anos, no dia 17 de junho, celebramos o Dia Mundial de Combate à

Desertificação e à seca , com o objetivo de sensibilizar o público para os esforços

internacionais desenvolvidos com vista à neutralização da degradação dos solos,

 

graças às ferramentas de cooperação científica, à resolução de problemas e ao forte

envolvimento das comunidades no terreno. A UNESCO tem estado na vanguarda deste

esforço coletivo apoiando-se nos seus programas científicos e promovendo programas

relativos à água e ao ambiente.

Por este motivo, encontrar soluções para a seca e para a escassez de água, seja ela

natural ou provocada pelo homem, foi um dos principais temas da Conferência

Internacional sobre a água que decorreu na UNESCO, nos dias 13 e 14 de maio de

2019. Esta conferência incentivou ao estabelecimento de um compromisso amplo e

concertado com vista à implementação de uma estratégia mundial para responder aos

desafios do acesso à água e respetiva governança, antecipando e mitigando os efeitos

negativos na paz mundial, no desenvolvimento sustentável e na solidariedade

internacional.

A UNESCO ajudou os seus Estados Membros a fazer frente aos desafios e problemas

de gestão relacionados com a seca, através do reforço das capacidades humanas, das

orientações políticas e das ferramentas existentes. A este respeito, importa referir os

sistemas de monitorização de secas e os sistemas de aviso para as populações locais

africanas, o desenvolvimento de um atlas e de observatórios da seca que permitem

determinar a frequência e a exposição das populações locais à seca assim como a

avaliação das vulnerabilidades socioeconómicas e a elaboração de indicadores de seca

com vista à criação de políticas na América Latina e nas Caraíbas.

Trabalharmos juntos é crucial. Progresso algum pode ser alcançado no combate à seca

e à desertificação sem a participação de todos os agentes: autoridades públicas,

agentes do setor privado, cientistas, associações e comunidades locais, especialmente

os seus jovens.

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável “Proteger a Vida Terrestre” só poderá ser

alcançado através de uma perspetiva pluridisciplinar, global e inclusiva podemos

alcançar permitindo assim uma inversão do processo de desertificação que está a

ameaçar a humanidade.

Juntos, cultivemos um futuro sustentável, respeitando os nossos solos, preservando a

sua abundância e a sua beleza e trabalhando para promover soluções inclusivas.

 

Audrey Azoulay

Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO,
 
por ocasião do
 
Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca
 
“Juntos, cultivemos o futuro”
 
A seca, as alterações climáticas, a erosão da biodiversidade, a degradação dos solos,
as práticas agrícolas intensivas e a má gestão da água, entre outros, afetaram
negativamente os nossos solos ao ponto de chegar à atual crise mundial de
desertificação, que afeta mais de 165 países em todo o mundo.
Esta crise acarreta consequências dramáticas para o nosso património ambiental
comum e representa uma ameaça significativa para a paz mundial e para o
desenvolvimento sustentável.
Segundo o Relatório Mundial da Plataforma Intergovernamental de Política Científica
sobre Biodiversidade e Ecossistemas (IPBES), apresentado na UNESCO a 6 de maio
de 2019, é urgente adotar medidas coletivas para preservar o tecido vivo do nosso
planeta. Assim, é preciso tomar medidas imediatas contra a desertificação e a seca,
pois é, , a nossa responsabilidade para com as gerações futuras.
A desertificação e a seca agravam a escassez de água num momento em que dois mil
milhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável, um número que poderá
atingir três mil milhões até 2050. As comunidades mais vulneráveis do mundo não
conseguem satisfazer as suas necessidades básicas, facto que as leva a migrar para
fora das suas terras que se tornaram secas e estéreis. Segundo a Convenção das
Nações Unidas de Combate à Desertificação, 135 milhões de pessoas no mundo inteiro
podem ver-se obrigadas a migrar até 2030, devido à degradação dos solos. Estas
migrações e privações são, por sua vez, fonte de conflito e instabilidade, demonstrando
que a desertificação é um desafio crucial para a paz.
Todos os anos, no dia 17 de junho, celebramos o Dia Mundial de Combate à
Desertificação e à seca , com o objetivo de sensibilizar o público para os esforços
internacionais desenvolvidos com vista à neutralização da degradação dos solos,
 
graças às ferramentas de cooperação científica, à resolução de problemas e ao forte
envolvimento das comunidades no terreno. A UNESCO tem estado na vanguarda deste
esforço coletivo apoiando-se nos seus programas científicos e promovendo programas
relativos à água e ao ambiente.
Por este motivo, encontrar soluções para a seca e para a escassez de água, seja ela
natural ou provocada pelo homem, foi um dos principais temas da Conferência
Internacional sobre a água que decorreu na UNESCO, nos dias 13 e 14 de maio de
2019. Esta conferência incentivou ao estabelecimento de um compromisso amplo e
concertado com vista à implementação de uma estratégia mundial para responder aos
desafios do acesso à água e respetiva governança, antecipando e mitigando os efeitos
negativos na paz mundial, no desenvolvimento sustentável e na solidariedade
internacional.
A UNESCO ajudou os seus Estados Membros a fazer frente aos desafios e problemas
de gestão relacionados com a seca, através do reforço das capacidades humanas, das
orientações políticas e das ferramentas existentes. A este respeito, importa referir os
sistemas de monitorização de secas e os sistemas de aviso para as populações locais
africanas, o desenvolvimento de um atlas e de observatórios da seca que permitem
determinar a frequência e a exposição das populações locais à seca assim como a
avaliação das vulnerabilidades socioeconómicas e a elaboração de indicadores de seca
com vista à criação de políticas na América Latina e nas Caraíbas.
Trabalharmos juntos é crucial. Progresso algum pode ser alcançado no combate à seca
e à desertificação sem a participação de todos os agentes: autoridades públicas,
agentes do setor privado, cientistas, associações e comunidades locais, especialmente
os seus jovens.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável “Proteger a Vida Terrestre” só poderá ser
alcançado através de uma perspetiva pluridisciplinar, global e inclusiva podemos
alcançar permitindo assim uma inversão do processo de desertificação que está a
ameaçar a humanidade.
Juntos, cultivemos um futuro sustentável, respeitando os nossos solos, preservando a
sua abundância e a sua beleza e trabalhando para