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Dia Mundial para a Cultura Africana e Afrodescendente

26-01-2021 11:53

Uma imagem com pessoa, desporto, colorido, braço

Descrição gerada automaticamente

Mais informações em https://en.unesco.org/commemorations/africanafrodescendantculture

 

Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO,

por ocasião do

Dia Mundial para a Cultura Africana e Afrodescendente

24 de janeiro de 2021

 

Com esta nova edição do Dia Mundial para a Cultura Africana e Afrodescendente, a UNESCO

deseja honrar e destacar estas culturas, na sua diversidade e atualidade.

Dos tambores do Candombe à cidade de pedra de Zanzibar, para mencionar apenas os bens

classificados como património material e imaterial, as culturas da África e da diáspora teceram

formas únicas de pensar e sentir, de vivenciar e expressar, através dos séculos e dos

continentes.

Constantemente revisitado, reinventado e reinterpretado, este património alimenta uma

criatividade cultural particularmente viva, simbolizada, por exemplo, pela crescente indústria

musical Haitiana ou pelo florescente cinema nigeriano.

Em todo o mundo, concertos, performances e exibições permitem-nos descobrir e explorar

estas culturas de infinita riqueza, simultaneamente surpreendentes e inspiradoras; mas

também prestar homenagem ao trabalho de todos os artistas e criadores que transmitem e

renovam estas culturas.

Numa altura em que estão a passar por imensas dificuldades ligadas à pandemia e à profunda

crise que esta provocou no setor cultural, é mais vital do que nunca fazer ouvir as suas vozes.

Não se trata apenas de uma questão económica, porque destes artistas dependem vias de

desenvolvimento muito promissoras; trata-se também de uma questão antropológica, porque

seria dramático se a crise social e económica os silenciasse.

Tal significaria amputar toda uma área da cultura humana e privar-nos dos meios para superar

a crise. Pois para reconstruir de forma diferente e melhor, vamos precisar da força inspiradora

da cultura. É este o propósito do movimento mundial de debates Resiliart lançado pela

UNESCO, que tem conhecido um grande êxito em África, nas Caraíbas e na América Central e

do Sul, onde as culturas afrodescendentes são particularmente importantes.

A promoção das culturas africanas e afrodescendentes é ainda mais crucial pois a crise global

exacerbou todas as tensões das nossas sociedades. No entanto, estas culturas são fonte de

orgulho, oferecem respostas e são capazes de curar as feridas mais íntimas. Este é o objetivo

do trabalho levado a cabo pelo Gabinete de São José, que está a trabalhar o mais

estreitamente possível com as escolas e com os museus para mostrar a importância das

culturas afrodescendentes na história e identidade da região. É também o foco dos nossos

programas da Rota do Escravo, que promovem a compreensão das causas e consequências da escravatura e

esclarecem os mecanismos do racismo e da estigmatização.

Neste início do ano de 2021, que os chefes de Estado africanos declararam Ano das Artes, da

Cultura e do Património, este Dia Mundial é, portanto, uma oportunidade para promover as

culturas africanas e afrodescendentes, para que possam desempenhar plenamente o seu

papel em prol do desenvolvimento e da paz.

Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO,
 
por ocasião do
 
Dia Mundial para a Cultura Africana e Afrodescendente
 
24 de janeiro de 2021
 
Com esta nova edição do Dia Mundial para a Cultura Africana e Afrodescendente, a UNESCO
deseja honrar e destacar estas culturas, na sua diversidade e atualidade.
Dos tambores do Candombe à cidade de pedra de Zanzibar, para mencionar apenas os bens
classificados como património material e imaterial, as culturas da África e da diáspora teceram
formas únicas de pensar e sentir, de vivenciar e expressar, através dos séculos e dos
continentes.
Constantemente revisitado, reinventado e reinterpretado, este património alimenta uma
criatividade cultural particularmente viva, simbolizada, por exemplo, pela crescente indústria
musical Haitiana ou pelo florescente cinema nigeriano.
Em todo o mundo, concertos, performances e exibições permitem-nos descobrir e explorar
estas culturas de infinita riqueza, simultaneamente surpreendentes e inspiradoras; mas
também prestar homenagem ao trabalho de todos os artistas e criadores que transmitem e
renovam estas culturas.
Numa altura em que estão a passar por imensas dificuldades ligadas à pandemia e à profunda
crise que esta provocou no setor cultural, é mais vital do que nunca fazer ouvir as suas vozes.
Não se trata apenas de uma questão económica, porque destes artistas dependem vias de
desenvolvimento muito promissoras; trata-se também de uma questão antropológica, porque
seria dramático se a crise social e económica os silenciasse.
Tal significaria amputar toda uma área da cultura humana e privar-nos dos meios para superar
a crise. Pois para reconstruir de forma diferente e melhor, vamos precisar da força inspiradora
da cultura. É este o propósito do movimento mundial de debates Resiliart lançado pela
UNESCO, que tem conhecido um grande êxito em África, nas Caraíbas e na América Central e
do Sul, onde as culturas afrodescendentes são particularmente importantes.
A promoção das culturas africanas e afrodescendentes é ainda mais crucial pois a crise global
exacerbou todas as tensões das nossas sociedades. No entanto, estas culturas são fonte de
orgulho, oferecem respostas e são capazes de curar as feridas mais íntimas. Este é o objetivo
do trabalho levado a cabo pelo Gabinete de São José, que está a trabalhar o mais
estreitamente possível com as escolas e com os museus para mostrar a importância das
 
DG/ME/ID/2021/03 – Original francês
culturas afrodescendentes na história e identidade da região. É também o foco dos nossos
programas da
 
Rota do Escravo, que promovem a compreensão das causas e consequências da escravatura e
esclarecem os mecanismos do racismo e da estigmatização.
Neste início do ano de 2021, que os chefes de Estado africanos declararam Ano das Artes, da
Cultura e do Património, este Dia Mundial é, portanto, uma oportunidade para promover as
culturas africanas e afrodescendentes, para que possam desempenhar plenamente o seu
papel em prol do desenvolvimento e da paz.